O Rito de York é o sistema maçônico mais praticado em todo o mundo, levando-se em consideração o número de lojas e maçons que o adotam. Também conhecido como Rito Americano, tem suas bases nos Estados Unidos da América, mas as suas raízes remontam à antiga maçonaria que foi exportada àquele país no século XVIII, por intermédio de lojas maçônicas ligadas à Irlanda, à Escócia e à Inglaterra.

O sistema maçônico americano alcançou a sua forma atual a partir do ano de 1797, quando o Monitor de Thomas Smith Webb foi publicado nos Estados Unidos da América, após o qual houve um período em que os Altos Graus foram se organizando em segmentos separados e se conformando na estrutura atual que conhecemos.

Podemos dizer, sem sombra de dúvida, que o Rito de York é um dos ritos que mais preservou as práticas do Antigo Ofício, se constituindo destarte em uma das formas mais puras de maçonaria, tendo em vista que recebeu pouca influência do “caos” instalado na Europa por conta da criação de centenas de graus maçônicos inspirados em fontes como rosacrucianismo, alquimia, astrologia, cabala, ocultismo etc., que permeiam vários ritos.

Com isso, não queremos dizer que o Rito de York é melhor ou pior do que os demais sistemas praticados no mundo, os quais são todos válidos e se adequam aos vários perfis de maçons. Cada rito possui as suas próprias características e virtudes que os destacam em face dos demais. Pretendemos simplesmente demonstrar que, por suas características próprias, o Rito de York possui um valor histórico imensurável para a Maçonaria, devendo como tal ser reconhecido.

Os graus do Rito de York são muito bem estruturados em uma sequência lógica de aprendizado. Sua filosofia e sua simbologia são um grande tesouro de conhecimento, cobrindo grande parte daquilo que é aprendido em outros ritos, com a vantagem de que seus graus preenchem muitas lacunas daqueles, servindo, portanto, de estudo complementar aos que, adeptos de outros ritos, desejam aprofundar-se no estudo sério da Maçonaria.